(Dirty Dancing - Time of my Life (Final Dance))
Hoje passei por uma experiência
nova. Nova, inusitada e difícil. Muito difícil. E, pela primeira vez em muito
tempo, fraquejei. E fraquejei de verdade.
No início era apenas um aperto,
uma sensação esquisita na boca do estômago. Um aperto, um mal estar, um leve e
persistente incômodo. Tentei ignorar, e a princípio até consegui. No entanto,
esse mal estar foi se alastrando, foi crescendo, foi estendendo seus
tentáculos. Como uma trepadeira daninha, criando raízes e crescendo,
expandindo-se. Quando dei por mim, já não era apenas um pequeno incômodo. Era
já uma angústia...
Angústia. Fincou raízes em meu
âmago e fez com que se retorcesse. Fez com que desse nós e mais nós em volta de
mim mesmo. Paralisou-me. Água fria no rosto, na nuca. Respiração compassada, controlada.
Inspira... expira... inspira... expira.
Agora, o frio. E o suar frio.
Mãos trêmulas, vista meio enevoada. Suando, mesmo com o ar condicionado ligado.
E o aperto cada vez mais apertado. Cada vez fechado-se mais, mais e mais.
Ar puro! Sol! Exterior!! Consulta
no médico, medicação prescrita. Meu amigo preto e cama. Sem sono, no entanto.
Sem conseguir relaxar. Apenas um mal estar, uma tontura, uma sensação de estar
fora do corpo. Um pedido de ajuda...
Rapto. Raptoras. Raptado. E
assim, na condição de cativo, lá vou eu ao parque caminhar um pouco, respirar o
doce e fresco ar da noite recém surgida. Clareia a mente, auxilia a diminuir a
angústia. Um bom complemento para o faixa preta.
Fome. Janta. Sanduba. Conversas e
risadas, deliciosas companhias. Amigas de verdade, preocupadas a ponto de não
me deixarem sozinho em nenhuma hipótese. Enfim, em casa. Lar doce lar. Cafofo
meu, lugar sagrado onde me sinto seguro.
Noite alta. Lua cheia. Céu
nublado.
A noite será longa, a madrugada
solitária. Pois a angústia está voltando. Aos poucos, eu sinto, mas está
chegando. Parece ganhar a luta contra o faixa preta. Acolho de braços abertos essa
futura noite insone.
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