sábado, 18 de fevereiro de 2012

Noite sem Lua

("Cuida de Mim" - Teatro Mágico)



Cansado, olho para a tela. Olho e pareço não entender o que vejo. Os dedos, outrora tão ágeis e tecladores, parecem inertes. Sem vida. Imóveis.


Suspiro. Fecho os olhos, inspiro fundo e tento sacudir a mente. Em vão. Os olhos se fecham e os ombros, outrora tão fortes e confortáveis, decaem. Cabisbaixos.

O som da chuva lá fora dá a perfeita nota de como a noite foi transformada. Ou transtornada. Meu rosto permanece congelado, petrificado. Iluminado pela fraca e leitosa luz que emana do monitor. Iluminado pelos “flashs” dos relâmpagos que riscam o céu.

Um céu sem estrelas, sem nuvens, sem brilho. Um céu que chora, deságua, desaba. Um céu preto, sem cor e sem graça. Firmemente trancado atrás da janela fechada.

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