sábado, 7 de setembro de 2013

Frozen?

http://www.youtube.com/watch?v=VeYGg1rUnXI
("Chão de Giz" - Zé Ramalho)



Medo. Um sentimento estranho, algo que não queremos ter mas que algumas vezes conspira a nosso favor. O medo nos tranca, acaba nos impedindo de realizar algumas vontades e desejos, mas também nos protege e evita que façamos algo que possa vir a nos machucar. É algo bom e ruim, algo que nos protege e que nos cerceia.


Não tenho medo de muita coisa. Na verdade acho que sou bem inconseqüente e por isso não tenho medo de nada. Não tenho medo de morrer, não tenho medo de altura ou de cobra venenosa. Não tenho medo porque acho que não me importo. Sei lá, acho que não sinto medo simplesmente porque não penso nas conseqüências, no que pode vir a acontecer. Não que eu saia por aí fazendo loucuras, não que eu saia por aí sem sequer me importar com as conseqüências dos meus atos. Apenas parece que me “desligo”.

Sim, tenho medo. Tem uma coisa da qual tenho medo, uma coisa da qual tenho muito medo mesmo. Tenho medo de me tornar um cara frio. Um cara frio, desprovido de sentimentos e incapaz de sentir algo por qualquer um. Tenho medo de não conseguir amar, de não ser capaz de amar. Frio e calculista. Razão sobre emoção. Cérebro ante o coração.

Ao se ver enfim perante o grande mágico de Oz
O homem de lata pediu o que mais desejava: um coração
Algo que dentro do seu peito batesse, e que lhe desse emoção
Uma coisa que o fizesse sentir, algo que o tornasse um de nós

Um coração que bata mais rápido e forte
Que assuma o comando da minha vida
Mesmo em momentos que ela esteja sofrida
Pois mesmo a dor é melhor do que a morte

Viver sem sentir é triste e pesaroso
Uma vida na razão, sem espaço pro sentimento
Pode até ser segura, num primeiro momento,
Até o seguro transformar-se em desastroso

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