("Nothing Compares 2U" - Senéad O'connor)
A mulher ideal não existe, e agradeço todos os dias por isso. O tipo de mulher que me atrai independe da idade, independe da aparência física, da cor do cabelo, da cor da pele ou da cor dos olhos. Não me interessa se ela nasceu em Sampa, em Belém ou na Conchinchina. Não me importa que ela tenha 1,50 m ou 1,90m. A embalagem é o que menos conta, é o que menos me segura.
Quero uma mulher que eu possa olhar nos olhos e saber o que estou sentindo. Quero uma mulher que seja madura, que seja segura, que saiba o que quer. Não quero uma menininha, uma ninfetinha com suas inseguranças juvenis. Quero uma Mulher. Quero uma mulher com quem eu possa contar nos dias ruins e nos bons também, com quem eu possa dividir meus problemas e procurar uma solução. Quero alguém que caminhe AO meu lado, nem à frente e muito menos atrás. Que caminhe COMIGO.
MAS (sempre essa maldita palavrinha) hoje descobri que apenas isso não basta. Porque procuro alguém que me balance, que me faça sentir falta de ar, de quem eu sinta saudades e até um pouco de ciúmes. Alguém que me dê calor, mas calor no sentido de fogo, de tesão. E que me complete tanto física quanto espiritualmente.
Hoje sei, por experiência própria, que não quero apenas uma companheira. Quero uma mulher, quero uma amiga pudica e puta ao mesmo tempo. Quero, preciso de alguém que me faça sentir vivo e que me faça querer ser sempre uma pessoa melhor.
Um dia acordei e pedi para encontrar uma mulher linda, inteligente, companheira e que me amasse. Esse desejo se realizou. Uma pena que, em meio à minha ignorância e insegurança, não tenha pedido também que eu sentisse por ela o que ela sentia por mim. E, dessa forma, mesmo tendo meu pedido atendido, mesmo conseguindo uma mulher bonita, inteligente, esforçada, boa mãe, ainda assim sei que não encontrei a felicidade. E por isso devo partir em minha jornada, por esse motivo devo recomeçar.
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