("O conto do sábio chinês" - Raul Seixas)
Sobre o que escrever? Sobre a
vida? Sobre a minha vida? Sobre o cotidiano? Sobre como a vida tem sido boa
comigo? Sobre como o acaso age pelas mais diferentes e esquisitas maneiras? Não
sei, acho que apenas escrever...
Ando notando que não consigo mais
simplesmente fechar os olhos e escrever. Parece que tem algo, ou alguma coisa,
que está me bloqueando. Algo interfere na comunicação entre meu eu e meus
dedos, e faz com que eu trave na hora de digitar. Meu cérebro está perigosa e
dolorosamente consciente de tudo o que eu quero escrever, a ponto de eu
conseguir pensar enquanto escrevo. As letras não fluem mais com aquela
naturalidade.
Muitas coisas acontecendo, coisas
boas enfim. Pesos que tirei de minhas costas. É, acho que vou mudar a minha
maneira de escrever. Esse é o texto de número 99. O próximo será o de número
100 deste blog (não estou contando um certo texto que, apesar de ainda existir,
jamais será publicado novamente).
Uma nova centena vai se iniciar,
uma nova vida está recomeçando. Acho que agora serei menos cru, menos direto.
Quem sabe metáforas? Quem sabe contos? Quem sabe? Nem eu mesmo sei.
Hora. Agora é a hora. E o agora é
imperativo. Que venham novas letrinhas, novos vômitos, novas verborragias. E
que um dia eu volte a conseguir desligar meu editor-cérebro.
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