("Diga a Ela" - Nenhum de Nós)
Faz algum tempo que não escrevo
sobre mim. Pelo menos não assim, de forma escancarada. Lógico que todos os
textos que escrevo SÃO sobre mim. Trazem muito de mim. Falam sobre mim. Apenas
não são escancaradamente coisas ditas por mim a meu respeito.
Isso é engraçado. Já tive muito
esse costume, de escrever sobre o que sinto, sobre o que penso. Apenas abria
minha mente, meu coração, e despejava. O som das teclas pressionadas sob meus
dedos sempre me fez bem. Sempre soou como música aos meus ouvidos. Em algum ponto
desse ano que passou eu perdi isso.
Mudei a forma de escrever.
Continuo sem editar os textos, digito-os no Word e colo-os crus direto no Blog.
No entanto, de uma forma engraçada, sinto que meu cérebro consegue interferir
de um modo que não interferia antes. Ainda digito (parte do texto) de olhos
fechados. Apenas (pre)sinto que meus dedos não fluem mais com a musicalidade de
antes. Por vezes parece que gaguejam, que soluçam. E é nessas horas que sei que
algo os está fazendo parar. E sinto a influência do editor cérebro.
Algo mudou. Algo em mim mudou.
Algo sobre mim mudou. Mudou, e muito. No período de um ano muitas coisas
aconteceram. Muita água passou debaixo da ponte, água que lavou minha alma
diversas vezes. E que tirou de minhas costas um peso enorme.
Mudei. Sinto-me diferente.
Sinto-me o mesmo. E sinto. E sentir, no meu caso, faz toda a diferença.
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