quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Não Sei... :S

http://www.youtube.com/watch?v=edw9SpR9F7A
("Das coisas que eu entendo" - Nenhum de Nós)



Sentimentos são complicados e engraçados. E o modo como reagimos a eles também o é. A máscara que usamos todos os dias, aquela que nos protege do resto do mundo, serve principalmente para nos esconder de todos. Sempre sorrindo, sempre bem. Sempre, sempre, sempre.


Sorrisos, afagos, caretas
Como palhaços no picadeiro
Fingimos nos mostrar por inteiro
Triste ilusão em cena

Piegas, démodé, cafona. E assim somos programados a só mostrar os sentimentos quando o lugar/tempo for conveniente. Não importa como nos sentimos, importa apenas o que os outros irão pensar da nossa demonstração de fraqueza. De nossa ridícula atitude. Chorar não pode, ficar triste não pode, sofrer não pode. Se emocionar ao ver um filme, não pode. Demonstrar fraqueza.

Outro dia alguém me indicou um “dorama”, uma novela japonesa. “Dorama” porque vem do “Drama”, uma adaptação japonesa para o termo. Enfim, me indicaram um dorama para assistir. “Densha Otoko”, ou traduzindo, “O homem do trem”. Doze capítulos, pouco menos de uma hora cada um. História simples, linear, sem surpresas. Mas de uma inocência tão grande que mexe com a gente. Eu gostei, gostei mesmo. Me emocionei em algumas partes, ri de outras. E, o mais engraçado, não julguei. Apenas assisti, apenas curti.

Por que temos que esconder nossos sentimentos? Por que é tão difícil assim lidar com o que sentimos, com o que os outros irão achar sobre o que estamos sentindo, com o que os outros irão sentir acerca dos nossos sentimentos? Uma máscara para cada ocasião, um sorriso para cada local. E apenas um olhar para todos.

Todos sempre dizem que o sorriso é falso, que apenas algo pra esconder a real dor. As frases prontas, a postura e o dar de ombros. Tudo sempre está bem, tudo sempre está lindo. Somos sempre fortes, somos sempre inquebráveis. Sempre, até que um dia não somos mais.

Fazia muuuuuuuuito tempo que eu não escrevia de olhos fechados. Acho que andei controlando demais o que eu queria dizer. Mesmo sem editar os textos, acho que meu cérebro acabava, não sei como, controlando o que meus dedos queriam digitar. Hoje não. Hoje os dedos foram mais espertos, os olhos foram fechados e o cérebro ficou descansando. Agora é só limpar a catapora e reler. E, quem sabe, publicar. Um texto confuso, praticamente um vomitar de palavras.


(Engraçado que esse texto foi escrito umas duas semanas atrás e ficou salvo aqui no blog sem que eu o publicasse. Tô parecendo uma certa amiga que guarda os textos no blog sem saber se vai publicá-los ou não).

Um comentário:

  1. Nada como 'vomitar sentimentos em forma de palavras'. Adoro isso, mas sabe bem como costumo agir a respeito.
    Como sempre, tiro meu chapéu!
    Beijo grande, Fred.

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