(Beija Eu - Marisa Monte)
Vamos ver então. Tenho dez minutos antes de voltar ao trabalho. Quanto será que consigo escrever em dez minutos? Será que sai alguma coisa aproveitável, alguma coisa inteligível, alguma coisa? Sobre o que escrever? Normalmente escrevo sobre o que estou sentindo, mas nesse exato momento nem fome eu estou sentindo. Deveria estar com fome, afinal tem dois dias que não me alimento direito. Sem café da manhã (por pura preguiça), sem almoço e com uns salgados e bolachas de janta. De fato meus parentes têm todo o direito de brigar comigo.
Esse teclado é diferente do meu. Em casa eu uso o netbook pra escrever, e nele o teclado é padrão americano. Além de ser menor, mais compacto. Esse é um teclado de PC comum. O som também é meio esquisito, não é tão gostoso quanto o de casa.
Acabei de sair de uma reunião. Reunião geral, mensal, pra discutirmos essa reta final de ano e pra traçarmos algumas estratégias pro ano que vem. Muita coisa deve mudar no ano que vem. Não sei se pra bom ou pra ruim, só sei que toda mudança gera um pouco de desconforto. Foi uma reunião tranquila, sem nenhuma briga ou stress. E no final ainda sobrou tempo pra jogar conversa fora.
Escrever assim, sem tema e sem nada na cabeça, com pessoas andando ao redor e o relógio correndo. Ainda me restam quatro minutos...
Tinha tempo sobrando hoje. Experimentei ligar pra alguns amigos, mas acho que poucos são desocupados que nem eu. Pelo menos devem fingir ter coisas pra fazer, afinal nenhum deles atendeu minha ligação. Aliás, falando em ligação, uma amiga muito especial me ligou pouco depois das sete e meia da manhã. Toda faceira, mandou que eu acordasse. Foi engraçado, na hora em que ela me ligou eu já estava no trampo. Pelo menos comecei o dia com um delicioso bom dia.
Três minutos. O tempo corre, voa... e vou ter que encurtar aqui. Já surgiram coisas pra resolver, então vou perder dois minutos. Ah, mais do que o minuto intenso. FUIZ!
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