quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Mais um dia

("Aquarela" - Toquinho)






Mais um dia, mais uma história. De fato essa vida de pai é mesmo um barato! Só sinto ter que viver em uma casa separada da minha princesa, mas tento ao menos me fazer o mais presente possível. Sei que nem sempre consigo, sei que nem sempre é possível, mas ninguém disse que a vida era fácil ou simples.


Hoje eu passei a tarde com a minha princesinha. Fui buscá-la e, logo ao chegar na casa da avó dela, fui recebido com gritos de “papai, papai!!”. Ela me ouviu abrir o portão e foi correndo pra me receber. Braços abertos, sorriso lindo, pulando de felicidade. Esse pelo menos é um lado bom de ficar separado. Me recebeu e já foi me mostrando as páscoas que ganhou do coelhinho. Ovos, cestas, brinquedos. Filha única, sobrinha única, neta única. Mais mimada e paparicada do que isso é difícil...

“Vamos passear Carol?” Sem nem esperar direito já foi dando tchau pra mãe e foi correndo pra fora. Cadeira ajustada, cinto preso, Carol “amarrada”. E toca o barco. Lá fomos nós em busca de aventuras. E enquanto andávamos de carro, ela foi me contando que o coelho tinha ido na escolinha. E que o coelhinho era amarelo e rosa e era fofinho.

Primeira parada, mercado. Precisava comprar mais ração pros cachorros do meu amigo. Eu gosto de fazer compras com a Carol, sempre rende boas risadas e boas histórias. Dessa vez ela tanto fez, tanto me encheu que comprei também aqueles snacks pra cachorros. “Eles gostam pai, a Bela adora”. Aproveitei pra sacar um dinheiro. E, no momento em que o caixa liberou a cédula, eu ouço um “me dá pai, meu carro ta sem gasolina...”. Vou dizer, dei tanta risada aquela hora que acho que todos no mercado ficaram me olhando...

Ração comprada, rumo acertado para a casa do meu amigo. “Pai, vamos no Marciano?”. Demorei a entender, perguntei que marciano era aquele. “Você que falou do Marciano pai, nós vamos na casa dele?”. Foi então que caiu a ficha. Meu amigo se chama Cassiano. Vai daí que... E chegamos na casa do Marciano. Demos comida pros cachorros, brincamos um pouco e fomos pra minha casa.

Pular amarelinha, pular na cama, brincar de vizinhos. Assistir Pocoyo, Barney, Dora, Mecanimais. E, sempre que ligo o netbook, ela olha a tela e fala: “olha pai, sou eu!”. Isso porque, lógico, o papel de parede sempre é uma foto dela. Assim que entramos no cafofo eu fui até a geladeira e mostrei pra ela o ovo que comprei de presente. Ela ficou encantada, “paaaaai, o coelho passou aqui e deu um ovo pra você?”. Custou a entender que o ovo era pra ela.


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