segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

Baile de Máscaras

http://www.youtube.com/watch?v=MQVr6hR_4aQ
("Noite dos Mascarados" - Chico Buarque)




Carnaval. Festa pagã celebrada com pompa e circunstância em um país laico com forte ascendência católica apostólica romana. Quatro (quatro?!) dias de farra, festa e abusos, quando a TV fica lotada de mulheres (semi) nuas, multidões invadem ruas para beber e festejar. Nada mais acontece. As tragédias param, as denúncias cessam. Tudo parece entrar em férias.


Não por acaso escolhi esse período para parar. Respirar, deixar de lado minha velha e surrada máscara. Tirar a pintura de palhaço do rosto, o desenho do sempre presente sorriso da cara. E pensar. E refletir. E, pra variar, não chegar a lugar algum. “Parem o mundo que eu quero descer!”. Pararam, e agora? Acho que esse não é o meu ponto.

Uma vida sem sonhos é uma vida vazia. E uma vida vivida com medo de se TER sonhos é ainda mais vazia ainda. É sem sentido. É sem... vida.

O desfile não começa agora
O desfile apenas não terminou
As máscaras continuam lá fora
Atrás da minha sei que (não) estou

Respirar um ar puro, recomeçar
Seguir sempre vivendo, até cansar
Amores, amigos, desfile sem fim
E a vida sempre rindo de mim

O baile prossegue, festa pagã
Me deixo envolver, rodopio e vou
Até que não sei mais quem sou

2 comentários:

  1. Ainda bem... 'todo carnaval tem seu fim' :)

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  2. Grande Chico Buarque, Fred!
    Temos que deixar as máscaras de lado para sempre!
    (se fosse tão fácil assim, né Letícia?!)
    E um viva para mim... que não pulei o carnaval.
    Ele que me pulou... Saiu correndo!

    =)

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