quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Transe

("You can't always get what you whant" - The Rolling Stones)




Feelings… Sentimentos. Coisas intangíveis, sobre a qual não temos o menor controle. Despertados, aguçados, incentivados, misturados pelos mais variados e saborosos motivos. Vontade de pegar alguns sentimentos, alguns estados de espírito, e guardá-los em uma caixa. Para poder curtir aos poucos, para poder saborear lentamente. Para que durem o tempo que eu quiser, um tempo maior do que realmente (e infelizmente) duram. Aquela sensação gostosa, sentimento de leveza, de alegria, de quase felicidade. Que nos deixa com um bobo sorriso na alma. E um olhar besta no coração. Make it last, please!


Escrever ouvindo música clássica, de olhos fechados. E ainda anunciar aos quatro cantos. Pode parecer pretensioso. Não sei. Mas foi uma forma que encontrei para manter esse estado de espírito. Como eu disse, “boa música, páginas em branco a serem preenchidas, sorriso besta na alma”. E que venham as ideias.

Acabo de assistir um filme bobinho, bestinha e bem leve. “Second Hand Lions”. Estilo sessão da tarde, filme quase infantil. Agora estou com vontade de assistir “The Kid”, com o Bruce Willis. Logicamente da Disney. Alguns filmes, algumas músicas, alguns livros simplesmente têm o poder de provocar em mim um estado de espírito delicioso. Uma sensação quase que de entorpecimento, uma leveza. Fecho meus olhos e sinto como se fosse flutuar. Algo gostoso, algo que desejo. Algo que tento desesperadamente prolongar. Subterfúgios: música clássica, páginas em branco e olhos fechados. Com isso eu consigo adiar o seu final. Não indefinidamente, mas por algum tempo. (Pausa para ouvir Strauss). (...)

Passei a semana com dor. Uma dor chata, insistente, aguda. E que não diminuía mesmo eu tomando os malditos remédios. Uma dor intermitente, que deveria ter me deixado de extremo mau humor. Afinal, uma semana dá pra estressar. Some-se a isso o fato de não poder ir trabalhar. Ter que ficar em casa, solo, fazendo companhia para mim mesmo. Tive meus momentos de rabugice. Não foram tantos, mas tive. Mas não matei e nem esganei ninguém. E ainda continuei a ser um bom par de ouvidos e um ótimo par de ombros para muitos. Caretinhas felizes, sorrisos ensaiados.

Dopado, é como me sinto. E dopado é como esse texto está saindo. Tenho certeza que meu cérebro não vai ficar muito satisfeito com o resultado, mas meus dedos são sábios, eles sabem como fazer a conexão direta entre o EU e o papel. Agora é apenas limpar a catapora.

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